terça-feira, 6 de maio de 2014

Dónde está Juan? O silêncio do Governo dominicano de Danilo Medina é estranho, quase cúmplice, insuportável!

Os activistas de Chaves, Lugo e Sintra no centro da cidade nortenha
Três estruturas da Amnistia Internacional juntaram-se em Chaves, por iniciativa do núcleo local da organização, para perguntarem às autoridades da República Dominicana onde está Juan Almonte Herrera, um defensor dos Direitos Humanos desaparecido, nas mãos da polícia, há cinco anos. Desde então a AI pergunta pelo seu paradeiro, desde então não tem qualquer resposta. Juntando forças, os activistas flavienses, a que se somaram companheiros de Lugo, do outro lado da fronteira, e do Grupo 19, de Sintra, informaram a população e recolheram assinaturas a serem enviadas às autoridades de Santo Domingo perguntando de novo onde está Juan. E continuarão a perguntar enquanto não receberem uma resposta esclarecedora. Dónde está? Juan Almonte Herrera, contabilista de profissão e membro do Comité Dominicano de Direitos Humanos, dirigia-se para o seu escritório, no dia 29 de Setembro de 2009, quando uma patrulha de quatro agentes o interceptou e levou. Nunca mais foi visto. Familiares e advogados interpuseram, no dia 2 de Outubro seguinte, um pedido de habeas corpus para a sua libertação. No fim do mesmo mês, foram encontrados dois corpos calcinados, tendo uma irmã de Juan dito que um era o dele, o que não foi confirmado pelo Instituto de Patologia Forense. Um tribunal ordenou à polícia que o libertasse imediatamente, o que não aconteceu. A Comissão Interamericana dos Direitos Humanos pressionou o Governo dominicano a esclarecer o paradeiro do desaparecido. A Amnistia Internacional acredita que Juan foi detido devido ao seu activismo em direitos humanos. A República Dominicana é palco de graves atropelos aos direitos fundamentais e de grande e escandalosa impunidade. Os crimes não são nem investigados nem julgados, nem portanto punidos. Familiares e advogados, e ainda jornalistas que têm procurado por Juan Herrera têm sido vigiados e ameaçados. A AI exige às autoridades dominicanas que libertem imediata e incondicionalmente o activista. Entre as estruturas mundiais da Amnistia que adoptaram o caso contam-se a de Chaves e a de Sintra, que, no dia 3, juntamente com o grupo galego de Lugo, o levaram à rua, na cidade nortenha, onde o explicaram à população e recolheram assinaturas e cartas a serem enviadas às autoridades dominicanas. Ajude-nos a encontrar Juan. Dónde está Juan? Dónde está? O silêncio do Governo Danilo Medina é insuportável. 

O Governo dominicano tem de responder sobre o paradeiro de Juan

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